quarta-feira, 16 de maio de 2012

Filosofia da Educação












A filosofia da educação é um ramo do pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise do(s) sistema(s) educativo(s), sistematização de métodos didáticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade.

São várias as teorias educacionais "tradicionais" e "progressistas".

No estudo da filosofia da educação é possível conhecer como foi a evolução educacional e como isso influenciou e influencia até o momento no sistema educacional, principalmente como os filosófos contribuiram para que a educação fosse sendo moldada para influenciar em modificações na sociedade.

A Filosofia fornece á educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada, sobre o educando (quem é, o que deve ser, qual seu papel no mundo), o educador (quem é, qual seu papel no mundo), e para onde esses elementos podem caminhar, transformando a trabalho pedagógico na Unidade Escolar para que o objetivo maior que é aprendizagem seja alcançado.

http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_2344.html acesso em 15/05/2012
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

Mito da Caverna

Teoria dos dois Mundos

Pensamento platônico

Platão, em detalhe da Escola de Atenas, de Rafael Sanzio (c. 1510).
Satanza della Segnatura. Palácio Apostólico, Vaticano.
            Em linhas gerais, Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens da realidade inteligível.
           Tal concepção de Platão também é conhecida por Teoria das Ideias ou Teoria das Formas. Foi desenvolvida como hipótese no diálogo Fédon e constitui uma maneira de garantir a possibilidade do conhecimento e fornecer uma inteligibilidade relativa aos fenômenos.
          Para Platão, uma determinada caneta, por exemplo, terá determinados atributos (cor, formato, tamanho etc). Outra caneta terá outros atributos, sendo ela também uma caneta, tanto quanto a outra. Aquilo que faz com que as duas sejam canetas é, para Platão, a Ideia de Caneta, perfeita, que esgota todas as possibilidades de ser caneta. A ontologia de Platão diz, então, que algo é na medida em que participa da Ideia desse objeto. No caso da caneta é irrelevante, mas o foco de Platão são coisas como o ser humano, o bem ou a justiça, por exemplo.
          Platão em seus estudos conheceu e se aprofundou nas teorias de dois dos maiores filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia. Antagônicas entre si, Platão reconheceu certo acerto na filosofia de ambos os filósofos e procurou  resolver o problema criando sua própria teoria.
          O problema que Platão propõe-se a resolver é a tensão entre Heraclito e Parmênides: para o primeiro, o ser é a mudança, tudo está em constante movimento e é uma ilusão a estaticidade, ou a permanência de qualquer coisa; para o segundo, o movimento é que é uma ilusão, pois algo que é não pode deixar de ser e algo que não é, não pode passar a ser; assim, não há mudança.
          De Heráclito, Platão considerou correto as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Para ele, a matéria era algo imperfeito, em constante estado de mudança.
          Concluiu, no entanto, que Parmênides também estava certo ao exigir que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento.
         Com um toque de seu mestre Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, está criada a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
         Para explicar melhor sua teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, segundo o qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
         No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o acesso em 15/05/2012          

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Maiêutica

A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da verdade no interior do Homem. Sócrates conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas. A maiêutica baseia-se na idéia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.

Para conduzir através desta teoria a educação, o professor é tão somente um mediador do conhecimento, onde ele induz seu aluno a encontrar as respostas através de seus próprios esforços e conhecimento.

Desta forma, este método faz com que as pessoas comecem a pensar a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância. Daí a sua famosa frase:



JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

Método Pedagogizador x Intersubjetividade

Educar para que se tenha uma sociedade justa, crítica, cheia de ideias e participativa em todas as decisões é o melhor caminho.
O método Pedagogizador é voltado para uma sociedade mercadológica e tecnocrática, onde a educação é voltado somente para reprodução do conhecimento irrelevante as necessidades do educando tratando sua formação para o mercado de trabalho e sem se importar com sua opinião, sendo assim o educando um ser passivo que recebe as informações sem participar efetivamente da mesma, tornando-se uma educação que informa conhecimentos técnicos e não forma cidadãos capazes de ser críticos na sociedade.
Já a prática da intersubjetividade segundo a proposta da Teoria da Ação Comunicativa permite a conciliação de dois mundos: o mundo do sistema e o mundo da vida, onde a teoria e a prática estão interligadas através de ações concretas, numa dinâmica comunicativa entre os atores envolvidos visando novas racionalidades. Nesse sentido, um modelo de educação calcado na intersubjetividade é o mais apto para a construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas. Assim o educando estará bem preparado para enfrentar problemas do cotidiano tanto na política, economia entre outras áreas, podendo expressar suas ideias com firmeza por ter sido educado através da prática em conjunto com o conhecimento científico.
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Filosofia Moderna

Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do século XIX, mas a filosofia desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes períodos, tais como:


Na modernidade passou-se a delinear melhor os limites do estudo filosófico. Inicialmente, como atestam os subtítulos de obras tais como as Meditações de René Descartes e o Tratado de George Berkeley, ainda se fazia referência a questões tais como a da prova da existência de Deus e da existência e imortalidade da alma. Do mesmo modo, os filósofos do início da modernidade ainda pareciam conceber suas teorias filosóficas ou como fornecendo algum tipo de fundamento para uma determinada concepção científica (caso de Descartes), ou bem como um trabalho de "faxina” necessário para preparar o terreno para a ciência tomar seu rumo (caso de John Locke), ou ainda como competindo com determinada conclusão ou método científico (caso de Berkeley, em The Analyst, no qual ele criticou o cálculo newtoniano-leibniziano – mais especificamente, à noção de infinitesimal – e de David Hume com o tratamento matemático do espaço e do tempo). Gradualmente, contudo, a filosofia moderna foi deixando de se voltar ao objetivo de aumentar o conhecimento material, i.e., de buscar a descoberta de novas verdades – isso é assunto para a ciências – bem como de justificar as crenças religiosas racionalmente. Em obras posteriores, especialmente a de Immanuel Kant, a filosofia claramente passa a ser encarada antes como uma atividade de clarificação das próprias condições do conhecimento humano: começava assim a chamada "virada epistemologica"

A filosofia da idade moderna nasceu graças aos trabalhos dos protagonistas do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV entre eles Nicolau Copérnico, Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant nos séculos seguintes e tem entre suas características:-

a) O Racionalismo

b) O Empirismo

c) A perfectibilidade.


Filosofia moderna e suas características


Racionalismo – a relação homem/mundo é estabelecida através da razão. A religião deixa de ser o centro de tudo e o homem passa a ser o centro onde ele em si mesmo pode intervir e ocasionar modificações em sua própria vida sem obrigações à religião, surgindo assim um novo pensar científico. Surgi assim um ser mais individualista na sociedade onde o “eu” é importante surgindo uma nova postura da figura- homem, esse individualismo é a grande marca do pensamento de Descartes.

Segundo Descartes, a condição para a existência do sujeito seria cogito (consciência pensante), onde o primeiro passo para o conhecimento é o surgimento de um sujeito pensante superior que se separa do mundo bastando-se a si mesmo, acontecendo a adequação entre o mundo e o cogito partindo para um novo fazer científico.

Empirismo – O conhecimento começaria com a experiência, fundamentando-se na percepção. A percepção é considerada de duas maneiras: impressões (percepções sentidas pelo sujeito) e ideias (como o sujeito refletiria sobre as impressões).

O conhecimento seria dividido em dois tipos de raciocínios: demonstrativos ( referente às relações de ideias) e morais ( referente às questões de fato e de existência).

Para Hume seria dois tipos possíveis de conhecimento: conhecimento das matemáticas( obtido pela aplicação do raciocínio pela construção de relações lógicas)  e conhecimento a questões de fato ( expressa conexões e relações que explicam fenômenos concretos). Para ele o sujeito associa impressões, ideias através dos órgãos dos sentidos e retém na memória para adquirir algum conhecimento.

Criticismo Kantiano - Kant descobre duas formas da sensibilidade responsáveis por ordenar as sensações ou impressões no sujeito: espaço e tempo e relaciona duas ciências que apresentavam resultados indiscutíveis a Matemática e física.

A matemática obteve sucesso nos seus resultados, isso se deu em função dela tomar como base uma intuição pura, dotada de espaço e tempo, enquanto formas a priori. Assim, espaço e tempo seriam as duas condições necessárias para que o conhecimento matemático tivesse resultados de caráter universal e necessário.

Conhecimento produzido pela física não só teria um caráter necessário e universal como atingiria total êxito nas descobertas das leis que envolvem os fenômenos naturais.

Para alcançar os conceitos que se referem à priori aos objetos, o filósofo alemão partiu dos diferentes tipos de juízos classificados pela lógica aristotélica. Essa classificação seria a seguinte: quantidade, qualidade, relação, modalidade.

Tomando como base a classificação desses juízos, Kant conseguiu estabelecer a seguinte tábua das categorias: categoria de quantidade, categoria de qualidade, categoria de relação,categoria de modalidade.
Observa-se que o sujeito, formulado por Kant, seria constituído de uma estrutura racional dotada de formas a priori da sensibilidade, do entendimento e da razão que indicaria aquilo que o homem poderia ou não conhecer. O filósofo alemão chama essa estrutura de transcendental.